domingo, 28 de fevereiro de 2010

www.capeladorato.org



Desde Sexta-feira,

a Capela do Rato

foi invadida pelo projecto

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Diário de Bobby Baker


http://www.bobbybakersdailylife.com/

A NÃO PERDER durante esta Quaresma
na Fundação Calouste Gulbenkian.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Very well, Britain!!!!!!

The Prime Minister has apologised on behalf of the nation for Britain’s role in sending thousands of children overseas until the late 1960s.
At a reception in Westminster, Gordon Brown told a group of former child migrants “welcome home, you are with friends”.
He announced that a £6 million Family Restoration Fund will be set up to support costs for former child migrants who wish to be reunited with their families.
In the post-war era, more than 8,000 children were shipped to Australia, New Zealand, Zimbabwe and Canada. Most were told they would be placed in foster families but many ended up being poorly treated on farms and in religious institutions.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

RETRATO DE MÓNICA

Mónica é uma pessoa tão extraordinária que consegue simultaneamente: ser boa mãe de família, ser chiquíssima, ser dirigente da «Liga Internacional das Mulheres Inúteis», ajudar o marido nos negócios, fazer ginástica todas as manhãs, ser pontual, ter imensos amigos, dar muitos jantares, ir a muitos jantares, não fumar, não envelhecer, gostar de toda a gente, gostar dela, dizer bem de toda a gente, toda a gente dizer bem dela, coleccionar colheres do séc. XVII, jogar golfe, deitar-se tarde, levantar-se cedo, comer iogurte, fazer ioga, gostar de pintura abstracta, ser sócia de todas as sociedades musicais, estar sempre divertida, ser um belo exemplo de virtudes, ter muito sucesso e ser muito séria.
Tenho conhecido na vida muitas pessoas parecidas com a Mónica. Mas são só a sua caricatura. Esquecem-se sempre ou do ioga ou da pintura abstracta.
Por trás de tudo isto há um trabalho severo e sem tréguas e uma disciplina rigorosa e constante. Pode-se dizer que Mónica trabalha de sol a sol.
De facto, para conquistar todo o sucesso e todos os gloriosos bens que possui, Mónica teve que renunciar a três coisas: à poesia, ao amor e à santidade.
A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais. Mas a santidade é oferecida a cada pessoa de novo cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias.
Isto obriga Mónica a observar uma disciplina severa. Como se diz no circo, «qualquer distracção pode causar a morte do artista». Mónica nunca tem uma distracção. Todos os seus vestidos são bem escolhidos e todos os seus amigos são úteis. Como um instrumento de precisão, ela mede o grau de utilidade de todas as situações e de todas as pessoas. E como um cavalo bem ensinado, ela salta sem tocar os obstáculos e limpa todos os percursos. Por isso tudo lhe corre bem, até os desgostos.
Os jantares de Mónica também correm sempre muito bem. Cada lugar é um emprego de capital. A comida é óptima e na conversa toda a gente está sempre de acordo, porque Mónica nunca convida pessoas que possam ter opiniões inoportunas. Ela põe a sua inteligência ao serviço da estupidez. Ou, mais exactamente: a sua inteligência é feita da estupidez dos outros. Esta é a forma de inteligência que garante o domínio. Por isso o reino de Mónica é sólido e grande.
Ela é íntima de mandarins e de banqueiros e é também íntima de manicuras, caixeiros e cabeleireiros. Quando ela chega a um cabeleireiro ou a uma loja, fala sempre com a voz num tom mais elevado para que todos compreendam que ela chegou. E precipitam-se manicuras e caixeiros. A chegada de Mónica é, em toda a parte, sempre um sucesso. Quando ela está na praia, o próprio Sol se enerva.
O marido de Mónica é um pobre diabo que Mónica transformou num homem importantíssimo. Deste marido maçador Mónica tem tirado o máximo rendimento. Ela ajuda-o, aconselha-o, governa-o. Quando ele é nomeado administrador de mais alguma coisa, é Mónica que é nomeada. Eles não são o homem e a mulher. Não são o casamento. São, antes, dois sócios trabalhando para o triunfo da mesma firma. O contrato que os une é indissolúvel, pois o divórcio arruína as situações mundanas. O mundo dos negócios é bem-pensante.
É por isso que Mónica, tendo renunciado à santidade, se dedica com grande dinamismo a obras de caridade. Ela faz casacos de tricot para as crianças que os seus amigos condenam à fome. Às vezes, quando os casacos estão prontos, as crianças já morreram de fome. Mas a vida continua. E o sucesso de Mónica também. Ela todos os anos parece mais nova. A miséria, a humilhação, a ruína não roçam sequer a fímbria dos seus vestidos. Entre ela e os humilhados e ofendidos não há nada de comum.
E por isso Mónica está nas melhores relações com o Príncipe deste Mundo. Ela é sua partidária fiel, cantora das suas virtudes, admiradora de seus silêncios e de seus discursos. Admiradora da sua obra, que está ao serviço dela, admiradora do seu espírito, que ela serve.
Pode-se dizer que em cada edifício construído neste tempo houve sempre uma pedra trazida por Mónica.
Há vários meses que não vejo Mónica. Ultimamente contaram-me que em certa festa ela estivera muito tempo conversando com o Príncipe deste Mundo. Falavam os dois com grande intimidade. Nisto não há evidentemente, nenhum mal. Toda a gente sabe que Mónica é seriíssima toda a gente sabe que o Príncipe deste Mundo é um homem austero e casto.
Não é o desejo do amor que os une. O que os une e justamente uma vontade sem amor.
E é natural que ele mostre publicamente a sua gratidão por Mónica. Todos sabemos que ela é o seu maior apoio; mais firme fundamento do seu poder.

Sophia de Mello Breyner Andresen Contos Exemplares, Porto, Figueirinhas, 1996 (29ª ed.).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Passo a Rezar...



Obrigada Pitty!!!!
É mesmo bom ver-te assim!!! Bem!! em Paz!!!
Nem imaginas o orgulho que todos temos de ti!!
Já rezava e Passo a Rezar também desta forma por ti!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cinzas para Guardar em Segredo...


"Quando deres (…), que a tua mão esquerda
não saiba o que faz a tua direita (…)"
S. Mateus 6,1-6.16-18.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Naturezas-Mortas a Não Perder!


António de Pereda y Salgado, Nozes, 1634, Colecção Particular.
Natureza-Morta Na Europa, FCG até 2 de Maio.

H. _ Oh, Deus, eu poderia viver recluso numa casca de noz e considerar-me o
rei do espaço infinito se não tivesse maus sonhos.

G. _ Sonhos que são, de fato, a ambição. A substância do ambicioso é a
sombra de um sonho.

H. _ O sonho em si mesmo é somente uma sombra.

R. _ Verdade. E a ambição, tão frágil e ligeira, apenas a sombra de uma
sombra.
(Shakespeare, Hamlet, Ato II, Cena II)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Exposições interiores

No meio das minhas deambulações na blogosfera, sim, local onde se encontram também textos de qualidade, naõ é só nos livros ou jornais, dei de caras com um texto sobre os efeitos de uma boa conversa.E de repente aquele texto mexeu comigo.Dizia o texto que, por vezes, quando observamos dificuldades na nossa vida ou na dos outros, nos apercebemos que uma boa conversa seria útil para ultrapassarmos estes obstáculos. Isto parece tão óbvio, e no entanto, é tão difícil de conseguir.Por razões diferentes:porque não nos queremos expor, porque isso nos vai fragilizar, porque isso nos leva a um sentimento de inferioridade perante a outra pessoa...E isto mexeu comigo, porque eu tenho que reconhecer que tenho a maior dificuldade numa conversa desse género...que me exponha.Tive algumas experiências menos felizes com isso.Mas realmente não há como crescer e andar em frente.Uma boa conversa, com carinho e frontalidade, ajuda muito.Não expõe necessáriamente a nossa fragilidade.Expõe aquilo que somos e que é tão bom sermos: seres humanos imperfeitos....

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ontem Jantámos com... Charles de Foucauld!


Shlada Foucauld Bil Foie Gras Briorat Wal Cherry

Amuse Bouche

"Por mais diferentes que sejam as maneiras de orar, em silêncio, a rezar ou em cânticos, profundamente reflectidas ou quase sem intervenção do pensamento, o que lhes confere valor é o amor com que se fazem. A todas elas sem excepção, se aplica o princípio eternamente verdadeiro - a melhor oração é aquela em que há mais amor, e a oração será tanto melhor quanto mais amorosa for".

Charles de Foucauld

Oração de Entrada

Meu Pai,
Eu me abandono a Ti,
Faz de mim o que quiseres.
O que fizeres de mim,
Eu Te agradeço.

Estou pronto para tudo, aceito tudo.
Desde que a Tua vontade se faça em mim
E em tudo o que Tu criastes,
Nada mais quero, meu Deus.

Nas Tuas mãos entrego a minha vida.
Eu Te a dou, meu Deus,
Com todo o amor do meu coração,
Porque Te amo
E é para mim uma necessidade de amor dar-me,
Entregar-me nas Tuas mãos sem medida
Com uma confiança infinita
Porque Tu és...
Meu Pai!

Oração do Abandono, Charles de Foucauld.

Oração Principal
Shlada Foucauld Bil Foie Gras Briorat Wal Cherry
Hout Tagine Bil Hamed Wal Zitoun
Fakiyas Helwa

Oração de Sobremesa

Pai,
À semelhança do Irmão Carlos de Foucauld,
Inspira-nos a discernir no deserto da nossa vida
o caminho que devemos percorrer
confiando ilimitadamente em ti,
no amor inabalável que tens por nós
que nos impele, quando desistimos
que nos desinstala, quando nos acomodamos
que está sempre presente,
apesar da indiferença,
que não desiste e ama.
Ama… Simplesmente,
Sempre.

Amar Sempre, SM gf

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CAMBIARE IL MONDO CON UN VASO DI FIORI



" (…) oggi potremmo dire che la qualità di una città non è più costituita dall’architettura, ma dai vasi e dai fiori che si trovano dentro".
Andrea Branzi

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mesa Solidária III


Bem, o artigo do Jornal Público sobre as iniciativas de Vila da Feira, é comovente.Comovente porque finalmente a caridade saiu à rua e brota aqui e ali, um pouco por todo o lado, com muita gente verdadeiramente preocupada.E, grande sinal, a trabalhar no silêncio. Com humildade, permitindo aos que verdadeiramente precisam, que não tenham vergonha.
A iniciativa da Comunidade da Igreja de Santa Isabel em Lisboa é também já uma referência amiga, acolhedora, todas as quintas-feiras.Objectivo, oferecer refeições e convívio a quem precisa.Funciona com equipas rotativas de cozinha e sala, e neste momento só funciona ainda uma vez por semana.Para quem lá vai, e éramos cerca de noventa pessoas na passada quinta-feira, é uma experiência arrebatadora, diria mesmo que nos tira um pouco o ar.Primeiro o preparar a refeição, permite um espírito de entre-ajuda, compreensão, disponibilidade para conhecer o outro, bastante grandes.E depois, servir a refeição.E estar sentado à mesa com as várias pessoas.Ir saltitando de mesa em mesa e conhecendo pessoas maravilhosas.Com um mundo tão diferente do meu.As senhoras de bata vermelha que tinham deixado os maridos em casa , porque já estão velhotes e não podem apanhar frio...e assim a gente está mais à vontade...sem pressas....a contarem-me os 60 e tal anos que já tinham de Campo de Ourique e de Santa Isabel...outros tempos, menina, outros tempos....
Noutra mesa, três homens, com um aspecto mais sofrido, mas com uns sorrisos enormes a iluminar as caras escuras do vento e da chuva...ouvimos falar disto e agora vimos sempre....até tomamos café e comemos bombons...e ainda falamos com as meninas....
Muita descrição, humildade, alegria imensa, imensa.Estampada em todas as caras.....Está cá para a semana?...se Deus me der saúde, se a saúdinha o permitir....
Por mim, agradeço.Profundamente, mais esta aproximação verdadeira que me foi proporcionada.