quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Bispo do Porto inaugura "experimenta design"

O bispo do Porto, D. Manuel Clemente inaugurou ontem em Lisboa a “experimentadesign” (EXD 11) com uma conferência onde pediu aos portugueses para acreditarem em Portugal: «Temos todas as condições para mostrar que somos bons, quando nos aplicamos e há condições para isso», afirmou D. Manuel Clemente, acrescentando que o país pode contribuir «para o devir europeu e até universal».
«Nós transportamos para o presente e para o futuro, é isso que nos projecta, uma capacidade de agir, de interagir e reconstruir». D. Manuel Clemente observou que a crise pode servir para que Portugal «se retome por aquilo que é», e acrescentou: «Somos muito, podemos ainda ser mais».
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações falou aos jornalistas após a conferência de abertura da bienal, que este ano é dedicada ao tema ‘Useless’. O prelado considerou que o debate em volta da «utilidade e inutilidade» é da «maior relevância num momento de profunda interrogação acerca do presente».
«Se estamos mesmo convencidos de que o eixo, o nó, o fulcro de qualquer resolução é a dignidade de cada pessoa humana, devemos rever as prioridades», declarou o Prémio Pessoa 2009.
Na sua conferência, D. Manuel Clemente apelou a uma utilidade que não reduza as pessoas a «utensílios», valorizando «uma complementaridade essencial» no ser humano e na sociedade, de modo que todos sejam «úteis». «Entre pessoas, o tempo nunca é dinheiro, porque cada uma delas é o máximo valor», assinalou o prelado, que apelou à «restauração das vizinhanças» e à promoção da «interculturalidade» na organização das cidades.
O bispo do Porto afirmou que os portugueses são marcados por «algum pessimismo», que se contrapõe a uma visão dos estrangeiros sobre Portugal, visto como «uma cultura interessantíssima», num «ambiente muito agradável».
«Queríamos abrir as conferências de Lisboa não com um designer, arquitecto ou alguém da comunidade criativa, mas com alguém que pudesse trazer um olhar diferente sobre a ideia do uso», explicou a directora da bienal,  Guta Moura Guedes, ao justificar a escolha de D. Manuel Clemente para a conferência de abertura da EXD 11.
A responsável apresentou o bispo do Porto aos participantes como uma das «mais importantes figuras da cultura portuguesa».
O site da bienal, que termina a 27 de Novembro, refere que o programa «propõe um questionamento aprofundado da ideia de utilidade e do conceito de “sem uso”», constituindo, nas palavras da directora, o tema “mais provocador” da história de uma iniciativa que em 2011 apresenta 126 eventos e 164 convidados de 18 países e quatro continentes.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

E por falar em imprevisível coração...

Aqui vos deixo um presente absolutamente maravilhoso que descobri há dias na minha Casa de Provação da Cotovia. É um mineral da colecção do Museu Nacional de História Natural e não faz parte da herança dos Jesuitas.

Não tem qualquer mão humana!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Que rentrée tão retardada!!

Amigos e amigas!!!!!


Nota-se bem que andamos todos com vidas muito ocupadas! Mas o que é que se passa? Nem um post pequenino, nada para animar este maravilhoso e fantástico blog? Muda o Governo, o país continua em desagregação, com uma heração socrática de primeira linha, com jardins à beira mar mal plantados e ninguém, mas ninguém, escreve uma palavrinha por aqui???É que a vida não pára... A Lili Caneças diz que é existencialista , que numa fase da vida dela só se vestia de preto e lia Simone de Beauvoir; o grande e paciente Sporting , lá vai enchendo o bico, jogo a jogo; o Museu do Cinema/Cinemateca Portuguesa passou a fazer parte de um aglomerado de empresas.Ou seja, ali as instalações da Barata Salgueiro passam a ter um letreiro a dizer «PREMAC -alugam-se/vendem-se microfilmes do património cinematográfico português».
Vá lá, apareçam. Como já tenho muitas saudades de todos, deixo-vos esta oração escrita por Tolentino Mendonça, dedicada aos amigos:"Obrigado, Senhor, pelos amigos que nos deste. Os amigos que nos fazem sentir amados sem porquê. Que têm o jeito especial de nos fazer sorrir. Que sabem tudo de nós, perguntando pouco. Que conhecem o segredo das pequenas coisas que nos deixam felizes. Obrigado, Senhor, por essas e esses, sem os quais, caminhar pela vida não seria o mesmo. Que nos aguentam quando o mundo parece um sítio incerto. Que nos incitam à coragem só com a sua presença. Que nos surpreendem, de propósito, porque acham mal tanta rotina. Que nos dão a ver um outro lado das coisas, um lado fantástico, diga-se.Obrigado pelos amigos incondicionais. Que discordam de nós permanecendo connosco. Que esperam o tempo que for preciso. Que perdoam antes das desculpas. Essas e esses são os irmãos que escolhemos. Os que colocas a nosso lado para nos devolverem a luz aérea da alegria. Os que trazem, até nós, o imprevisível
do teu coração, Senhor".