
(…) de súbito sabes: era isso.
Ergues-te e diante de ti estão
angústia e forma e oração
de certo ano que passou.
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Um espaço para partir a casca e saborear o miolo...


O que te peço, Senhor, é a graça de ser. Não de peço mapas, peço-te caminhos. O gosto dos caminhos recomeçados, com suas surpresas, suas mudanças, sua beleza. Não te peço coisas para segurar, mas que as minhas mãos vazias se entusiasmem na construção da vida. Não te peço que pares o tempo na minha imagem predilecta, mas que ensines meus olhos a encarar cada tempo como uma nova oportunidade. Afasta de mim as palavras que servem apenas para evocar cansaços, desânimos, distâncias. Que eu não pense saber já tudo acerca de mim e dos outros. Mesmo quando eu não posso ou quando não tenho, sei que posso ser, ser simplesmente. É isso que te peço, Senhor: a graça de ser de novo.



É tão bom caminhar à noite junto ao mar,
o cheiro a iodo a rebentar-nos os pulmões...
e a encher-nos de alegria para ir levando este barco!














Quebrando votos de maioria silenciosa, ilustres moços do Chiado fazem jus a Herculano e põem Santana nos Píncaros!
Depois dos elogios "muito católicos" de ilustres moços da Baixa Lisboeta, o novo programa eleitoral do PSD nas autárquicas prevê agora, mudar o nome Ao Largo do Chiado, fazendo uma verdadeira revolução na toponímia da cidade - o topo da Rua Garrett passará a denominar-se Campo Santana.
Para além desta novidade, anunciada há poucos dias em reunião privada na Basílica dos Mártires, Santana anunciou um inovador plano museológico para Lisboa que há muito era aguardado pel’O Povo da cidade: o Museu do Chiado que só tem dado despesas ao Estado, vai ser encerrado e todas as colecções vão ser entregues à guarda do Museu de Etnologia que passará a ser o Museu guardião de todos os Museus espoliados da Capital.
O Chiado passará a ser um exemplo de intervenção sócio-museológica nacional, com um conjunto articulado de excelentes Museus de culto, abertos gratuitamente a toda a gente com “horário alargado, sem custos de conservação, manutenção e guardaria para o erário público”. Com estas novas propostas, O Povo de Lisboa crê verdadeiramente que Santana é “um Homem que ama a cidade!”, “um Homem de palavra!”, “um Homem de visão!”, “um Homem sem vergonha!” e “um Homem com sentido de Justiça!”.