quarta-feira, 15 de julho de 2009

Na cidade


Na cidade do nosso quotidiano
giram rodas, soam apitos, gritam sirenes,
sobem prédios, esconden-se velhos,
correm meninos com horizonte recotados pela lata.
Na cidade do nosso quotidiano
partem e regressam homens e mulheres
de olhar cansado.
Na cidade do nosso quotidiano
é forçoso que renasça o sentido, o gosto, o riso.
É preciso que se reparenda a dizer
bom dia!
E o horizonte se alargue.
E o olhar alcance a FESTA escondida
e a festa se reparta por todos com a
mesma medida.
Horácio Araújo, Junho de 1978

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