quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Feliz Natal
Feliz Natal e que o Ano de 2011 se torne num
Ano Novo de aprendizagem e de amizade pelos
outros.
para todas com um grande beijinho
da Maria João
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
Gafes... num sítio onde se não dá só de comer!
Sopa de ervilhas, carne de porco com castanhas, baba de camelo e doce do céu. A ementa está escrita num quadro à porta do salão paroquial da igreja de Santa Isabel, em Campo de Ourique, cuja porta abriu às 19.30. Qualquer pessoa - muito, pouco ou nada necessitada - pode aparecer. A acolhê-la, está um "dono da casa", espécie de chefe de sala deste restaurante sui generis onde todo o serviço (confecção, compra e recolha de alimentos) é feito por voluntários e financiado por dádivas diversas. Tão diversificadas como se desejam os clientes - de idosos da zona a gente que "vem de autocarro de Benfica e de Belém"; de reformados e desempregados a crianças de um colégio privado que esta noite vêm, no âmbito da disciplina de "Solidariedade", passar uma noite com "pessoas que não têm a possibilidade de ter uma refeição destas todos os dias" (Joaquim, 10 anos); de sem abrigo a paroquianos entre rezas e reflexões comunais que vêem nisto uma parte da sua prática religiosa; ou, simplesmente, quem goste do ambiente e da comida e do preço e faça disto um hábito.
Hoje a dona da casa é Mafalda Folque. 45 anos, funcionária do Ministério da Cultura, católica mas da "equipa" da capela do Rato ("O meu marido é que costuma vir a Santa Isabel"), dirige a sala esta noite. É dela que Maria de São José Tavares, 54 anos, médica, em estreia nestas lides, recebe instruções de como orientar o serviço de café e chá. "Venho porque acho que devemos ter um papel de solidariedade e de partilha. E que é preciso multiplicar as iniciativas, em vez de ficarmos à espera que alguém faça", diz a novata. "Isto em vez de ser a excepção devia ser uma rotina."
Está tudo no lugar - os pratos e as velas acesas nas mesas, a sopa em caldeirões ao fundo do lado direito mais os jarros de água, os tabuleiros com a carne e o arroz do lado esquerdo - quando chega o primeiro conviva, Agostinho Machado, 83, ex-pintor da construção civil. Um homem pequenino, com uma reforma de 240 euros, que vive com o filho, "empregado numa casa qualquer". "Ele ganha pouco, se eu não precisasse não vinha cá. E aqui como o comer quentinho, é bom. Ao menos enche a barriga." Soube da ceia na igreja ("Moro aqui ao pé, sou católico. Casei aqui. Há muitos anos") e sobre a clientela é reservado. "Há de tudo. Conheço pessoas, mas há pessoas com quem não se pode ter muita conversa. A gente nunca deve dar confiança."
"Fazer comunidade"
Confiança, dir-se-ia, é exactamente o que se oferece aqui, nesta ideia de mistura, de sentar toda a gente na mesma mesa. Isso que exalta a voz de Maria Cortez de Lobão, 49 anos, auto classificada "mãe de família" (sete filhos entre os 20 e os 4): "Não é só um sítio onde se dá de comer. É dar o que somos, fazer comunidade". Maria é a pessoa que na Igreja de Santa Isabel referem como a certa para explicar o que é isto, esta ceia de que se ouviu falar e onde qualquer pessoa pode ir, lançada em Janeiro deste ano às quintas e, desde Outubro, também aos domingos. "A ideia disto era prover a outro grupo de pessoas que não aquelas para as quais já há respostas organizadas. Não sabemos quando as pessoas precisam... Vem aqui gente que à partida não pareceria precisar e só ao fim de muitos dias se abre - se se abrir - e ficamos a saber que tem necessidades. É isso que queremos: que ninguém fique sozinho com as suas aflições." A construção da ideia levou mais ou menos seis meses. Foi preciso fazer obras e equipar uma pequena cozinha (frigorífico, máquina de lavar loiça industrial, fogão) e organizar equipas de voluntários que, entre os que recolhem os géneros, os que cozinham e os que ajudam na sala e arrumam no fim, somam cerca de 130 pessoas. E foi preciso, claro, arranjar dinheiro para pagar o que tem de ser pago. "Nunca se gasta menos de 400 euros por jantar, mesmo com tudo o que é oferecido." A sopa das quintas-feiras (hoje de ervilha, 20 litros), por exemplo, vem do restaurante Avis, recolhida por um administrador de uma empresa da área da comunicação que se apresenta como "sopeiro" (noutros dias é "dono da casa") e prefere ser identificado só como "António". O pão, 50 "bolinhas de mistura" com o valor de venda de 8,50 euros, é oferta da Panificação Mecânica, da Rua Silva Carvalho, cujo proprietário, António Martins Gaspar, 64 anos, se preocupa "com as pessoas que têm necessidade de ir à ceia e não vão por vergonha, enquanto outras com dinheiro no banco vão lá", e "levantado" pela voluntária Rosália Tatone, 69 anos, que, reformada com 360 euros e a pagar 200 de renda, acumula com a frequência das ceias. O minimercado Aba, onde se compram "os frescos", ofereceu um saco de alfaces e cheiros no valor de 20 euros, correspondente a mais de um terço da conta, que inclui de legumes e fruta a ovos e leite condensado e é recolhida por Pedro Andrade e Sousa, 57 anos, empresário da construção. "Temos um apoio do Recheio Cash & Carry que vamos buscar uma vez por mês, mas quisemos fazer as compras no bairro não só para ajudar o comércio local e insistir nesta ideia de comunidade, como porque é mais fácil assim; para ir buscar coisas a um hipermercado ou ao Banco Alimentar era preciso outra logística, mais complicada", explica ainda Maria.
E o dinheiro vem de onde? "Dádivas diversas", que incluem um escritório de advogados, uma fundação e variados anónimos. E o produto das contribuições que nas noites da ceia são depositadas numa caixa colocada na sala para o efeito, e que pode ficar vazia ("Só aconteceu uma vez") ou meio cheia mas que raramente ultrapassa os 40 euros - um décimo do custo estimado para os 80 jantares (uns 700 por mês) que têm sido a regra.
Podia sair muito mais barato, mas a resolução de partida era "dar uma boa refeição", com sopa, carne ou peixe e sobremesa. Comida de que todos gostassem, receitas escolhidas pelos voluntários entre aquilo para que "tivessem jeito". Comida que todos comem, incluindo, no fim da noite (que acaba às 9 e tal), quem cozinha - hoje Amélia Nogueira Pinto, 46 anos, neurologista, Cristina Melo Vieira, 49, fisioterapeuta, Maria João Robalo, 47, educadora de infância e Mafalda Folque (filha da dona da casa de serviço), 15 anos, estudante. Desde as cinco da tarde que se afadigam à volta do tacho onde 13 quilos de carne, quatro de castanhas e outros tantos litros de vinho borbulham.
Um espaço interdito a quem não esteja fardado de toca e bata, como Duarte, Miguel e Tomás, 15/16 anos, que ajudam a pôr as mesas, dispõem a fruta em taças e depois andam de mesa em mesa, a distribuir piropos e beijos às senhoras. Como a artista gráfica Maria Adelaide Nobre, 79 anos joviais malgrado de uma trombose há 10, que conta histórias dos jornais e "daquele do laço" (Baptista Bastos) e vive desde que nasceu na mesma casa de Campo de Ourique. Ou Maria Cândida de Marques Antunes, 78 anos, reformada da casa de tintas Varela, que só recebe 200 euros de reforma porque nunca descontou para a Segurança Social: "Antes do 25 e Abril não descontávamos. Nem eu nem ninguém."
Noutra mesa, Hélder Lopes, 42 anos, e Elsa Teixeira, de 46 são, descontando as crianças que hoje vieram, dos clientes mais novos. Já se conheciam antes e vêm, dizem, "para conviver, passar o tempo" - ele identifica-se como funcionário público, ela como trabalhando nas Amoreiras. Não frequentadores das igrejas da zona, souberam disto pela mãe dele. E acham bem: "Toda a gente precisa uns dos outros."
"O amor de Deus"
Há quem apareça só para falar, garante António, o "sopeiro". Mesmo se "no princípio as pessoas, nem imagina, iam a correr para a comida. Levavam aos seis bocados de pão, com medo que acabasse. E enchiam os pratos de tal modo que depois não comiam tudo, era um desperdício. Tivemos que explicar que podiam voltar a servir-se e que tinha de haver regras. Agora já sabem: levanta-se uma mesa de cada vez."
A ordem está bem interiorizada. Mal a dona da casa toca um sino, toda a gente se levanta, em silêncio. Já sabem o que se segue: uma oração, um ritual breve antes que seja dado o sinal de partida para os tabuleiros onde fumegam as cheirosas vitualhas. "Nada lhes é pedido, nem sequer imposto", responde Maria Cortez de Lobão à pergunta sobre este momento de proselitismo. "Não obrigamos nin- guém a rezar, mas nunca pusemos sequer a hipótese de isto não acontecer. É o que somos, a nossa identidade. O que nos move é o amor de Deus e Deus ama todos, não só aos seus. Não fazer isto era como chegar aqui e falar outra língua. E nunca ninguém protestou."
Há às vezes, claro, uma outra arruaça. Uma porta escancarada tem desses riscos. Hoje é um homem que entra, muito zangado. Quando lhe oferecem comida, recusa: "Eu não como, fico o dia sem comer!" Interpela António Serrano, 62 anos, um dos voluntários, que está sentado a jantar: "Ó senhor padre, desculpe lá, onde é que está a D. Teresa, que me prometeu dar dinheiro?" Serrano nega ser padre e diz que a D. Teresa não está. O homem berra: "Prometem mundos e fundos e não ajudam as pessoas." No meio da sala cheia, saciada, agora nas sobremesas (e nada para prender a atenção como os doces) a irrupção desenha sorrisos complacentes, perplexos.
Junto aos tabuleiros agora quase vazios, José Pinto, 51 anos, desempregado desde 1987, tira de um saco de plástico um recipiente. São nove e pouco, as portas estão quase a fechar e o costume é dar o que resta a quem quiser levar para casa. Ex-secretário de advogado, licenciado em Filosofia, mestre em Direito, 3º ano de económicas, José vive "das reservas". Vem às ceias sempre. "E tento levar alguma coisa. Como vê."
Há quem deixe qualquer coisa. Maria da Glória, 52 anos, e Jorge Neves, 72, ele "desenhador", ela "que toma conta de idosos" (e, explica ele num sorriso maroto, "Por isso está a tomar conta de mim, vamos casar"), não saem sem visitar o mealheiro. Já na rua, de braço dado e o passo ligeiro de quem passou um bom bocado, acedem às perguntas. "Moramos aqui mesmo ao pé, viemos pela primeira vez há três meses e sentimo-nos bem. Mais pelo convívio mas também pela comida, que é espectacular. Isto é para pessoas mais carenciadas, mas deixamos qualquer coisa. O que podemos." Hoje deixaram quatro euros, às vezes, garantem, deixam cinco.
No dia seguinte, as contas revelam uma noite em cheio: 93.10 euros. Ao telefone, a sempre enérgica Maria festeja: "Foi das melhores. Devem ter sido os miúdos, havia muitas notas de cinco. Tinham-lhes dito na escola que só davam se quisessem e, pelos vistos, deram." O preço de um bilhete de cinema. Talvez, como diz o louríssimo Faustino, de 12 anos, aluno do liceu Rainha D. Amélia que veio com o irmão Luís, de 10, do colégio de Santa Maria, "porque é tão difícil imaginar o que será não ter sempre uma refeição a horas." E os milagres, de pães, rosas ou euros, não são assim tão frequentes.
FERNANDA CÂNCIO , publicado no DN a 2010-12-12 às 01:00.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
A Amizade
«Mas quem é que caminha a teu lado?». Quando me reencontro com esta pergunta, trazida por um verso de T.S. Eliot, penso quase sempre nos amigos. Um amigo, por definição, é alguém que caminha a nosso lado, mesmo se separado por milhares de quilómetros ou por dezenas de anos. O longe e a distância são completamente relativizados pela prática da amizade. De igual maneira o silêncio e a palavra. Um amigo reúne estas condições que parecem paradoxais: ele é ao mesmo tempo a pessoa a quem podemos contar tudo e é aquela junto de quem podemos estar longamente em silêncio, sem sentir por isso qualquer constrangimento. Tenho amigos dos dois tipos. Com alguns, sei que a nossa amizade se cimenta na capacidade de fazer circular o relato da vida, a partilha das pequenas histórias, a nomeação verbal do lume mais íntimo que nos alumia. Com outros, percebo que a amizade é fundamentalmente uma grande disponibilidade para a escuta, como se aquilo que dizemos fosse sempre apenas a ponta visível de um maravilhoso mundo interior e escondido, que não serão as palavras a expressar.
O modo como uma grande amizade começa é misterioso. Podemos descrevê-lo como um movimento de empatia que se efetiva, um laço de afeição ou de estima que se estreita, mas não sabemos explicar como é que ele se desencadeia. Irrompe em silêncio a amizade. Na maior parte das vezes quando reconhecemos alguém como amigo, isso quer dizer que já nos ligava um património de amizade, que nos dias anteriores, nos meses anteriores, como escreveu Maurice Blanchot, «éramos amigos e não sabíamos».
Aquilo de que uma amizade vive também dá que pensar. É impressionante constatar como ela acende em nós gratas marcas tão profundas com uma desconcertante simplicidade de meios: um encontro dos olhares (mas que sentimos como uma saudação trocada entre as nossas almas), uma qualidade de escuta, o compartilhar mais breve ou demorado de uma mesa ou de uma conversa, um compromisso comum num projeto, uma qualquer ingénua alegria…A linguagem da amizade é discreta e ténue. E ao mesmo tempo é inesquecível e impressiva.
Há aquele ditado que diz: «viver sem amigos é morrer sem testemunhas». A diferença entre os conhecidos e os amigos é a mesma que distingue um ocasional espetador daquele que está habilitado a testemunhar. Este último disponibiliza-se realmente a ser presença. Se tivesse de resumir a sua natureza, apetecia-me dizer: um amigo é alguém que foi capaz de olhar, mesmo que por um segundo apenas, o fundo da nossa alma e transporta depois consigo esse segredo, da forma mais gratuita e inocente. E nós retribuímos o mesmo. Em dois ou três poemas de Adília Lopes sublinhei, há tempos, isso. No idioma da poesia de Adília, a amizade era descrita assim: «busquei o amor sem ironia». A amizade, mesmo quando nos fartamos de rir e de alegrar com os outros, é esse transparente amor.
Tenho por uma grande verdade aquilo que escreveu o filósofo Paul Ricoeur: «para ser amigo de si próprio é necessário ter já vivido uma relação de amizade com alguém».
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
PODEM TRAZER A ESTOLINHA!
Eglise de Kuokkala, Jyväskylä, Finlande. Credit Jussi Tiainen, AQUI
Imagem enviada pela nossa Irmãzinha Tecedora
da região autonoma do Estoril.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
Re_aprender a só ser...
Texto completo aqui
Ao ler este artigo, lembrei-me subitamente de um dialogo brilhante que ouvi há anos numa telenovela passada numa favela do Rio de Janeiro:
Criança -... o que é classe média?!
Marilia Pêra - ô queridinha... classe média... é... é pobre metido a Besta!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
COR E LUZ
Um céu para a igreja de Santa Isabel, Lisboa from Pastoral da Cultura on Vimeo.
Ler mais aqui e aqui ao minuto 3:42
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
À PROCURA DA PALAVRA
P. Vítor Gonçalves
DOMINGO XXIX Ano C
“Quando voltar o Filho do homem
encontrará fé sobre esta terra?” ”
Lc 18, 8
A fé subterrânea
A feliz epopeia do resgate dos mineiros chilenos uniu-nos numa audiência mundial só comparável ao drama do 11 de Setembro, em Nova Iorque, há 9 anos. Hora a hora a terra ia trazendo à luz do dia, com o simbolismo de uma ressurreição (Fénix, a ave mitológica que renascia das cinzas, era o nome da cápsula salvadora) cada um dos 33 mineiros e os salvadores que tinham descido para ajudar. Nas camisolas de todos um agradecimento: “Gracias, Señor!” Não sei se Jesus encontrará, um dia, fé “sobre” esta terra, mas debaixo dela, certamente.
Não sabemos que justiça pedia a viúva do evangelho de hoje. Na tradição bíblica as viúvas são o símbolo de todos os desfavorecidos e abandonados. Ninguém as defende, não há reformas nem seguranças sociais que as apoiem. É porta-voz dos injustiçados do mundo, de quem não tem vez nem voz, mas encarna a perseverança ou o desespero de não desistir de gritar. Em vários momentos Jesus aponta a força da perseverança: o amigo inoportuno a pedir pão, a mulher siro-fenícia que pede a cura da filha, o cego de Jericó que grita por um milagre. Baseado na experiência da natureza o povo diz na sua sabedoria: “Água mole em pedra dura…tanto dá até que fura”! De tanto desejar milagres esquecemos que a maioria deles dão muito trabalho, precisam de muita insistência!
A oração será também uma luta? Como a de Jacob junto à torrente de Jaboc até ao romper da aurora (Gn 32,25)? É luta contra a auto-suficiência que nos isola, e contra a história que nos oprime, porque a vontade de Deus é comunhão e justiça. Quando rezamos lutamos por um sonho, por uma vida mais abundante, por um reino que ainda não está realizado. Dessa luta falava o segundo mineiro a “ressuscitar” da terra: “Estava com Deus e com o Diabo. Eles lutaram por mim e Deus ganhou. Nunca pensei, nem um minuto, que Deus não me tirasse dali. Eu acredito que Deus testa as pessoas e acredito que temos de confrontar coisas na vida como as que nós tivemos que defrontar lá em baixo.” Uma luta que nos aponta as muitas que temos de travar neste “buraco de crise” em que estamos, não é?
A oração é, verdadeiramente, “um problema político”, como dizia o teólogo Yves Congar. Porque nos obriga a deixarmos de olhar para o próprio umbigo e a construir com Deus um mundo mais justo para todos. Porque é um grito contra a injusta distribuição das riquezas do mundo e o escândalo dos excessos. Porque nos mostra tão dependentes uns dos outros e desmascara a desumanidade de quem se julga acima de todos. A oração sintoniza-nos com o projecto de felicidade que Deus quer fazer connosco! E nunca sem nós!
domingo, 10 de outubro de 2010
EXPOSIÇÃO A NÃO PERDER!
Mais em http://www.appletonsquare.pt/ e
em http://www.trienaldelisboa.com/
A igreja de Santa Isabel, na freguesia [de Santa Isabel ] em Lisboa, é como uma pedra preciosa guardada dentro de uma caixa escura com uma sombria tampa cinzenta. A luz que entra pelas janelas é largamente absorvida pelo tecto preto-mate, o que visualmente torna o espaço muito pesado, impedindo-o de respirar e desenvolver visualmente o volume desejado.
De facto, a primeira impressão que o visitante tem é um pouco deprimente – sem dúvida o oposto do que era e é pretendido: tudo no espaço foi concebido para provocar um sentimento de elevação: fiel às regras de Alberti, os elementos arquitectónicos da base são visualmente mais pesados e escuros do que os do topo, onde estão situadas as janelas, e a proximidade destas à abóbada, juntamente com o ângulo dos painéis reflectores directamente sob essas janelas, não deixa dúvida que o tecto era suposto ser a continuação do movimento para a luz, numa tonalidade suave que reflectisse e distribuísse uniformemente a luz no espaço inferior.
O meu objectivo seria o de completar a intenção original do projecto arquitectural, substituindo o sufocante manto cinzento por um céu aberto. O espaço tornar-se-á muito mais acolhedor e forte e será mais apelativo à meditação. Em vez da presente cobertura sombria e fria, terá uma jubilante abertura para um céu cósmico.
Michael Biberstein, 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Encontros do Lumiar
Clic na imagem para aumentar e para mais informações sobre o Programa dos Encontros do Lumiar pode ir ao site das Monjas Dominicanas.
domingo, 19 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Duas entrevistas a não perder...
José Mattoso in Revista Ler, Livros & Leitores nº Setembro 2010.
D. Manuel Clemente in Público P2 6 SET. 2010.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Da mais fina flor...
(gafe contada no Facebook pela jornalista da Antena 1, Célia de Sousa)
Na Universidade de Verão do PSD, o Pe. Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, saiu-se com esta "anedota" há dias em Castelo de Vide:
"Costumo dizer que a igreja precisa muito das mulheres... senão quem é que fazia as limpezas?!"
A assistência riu e aplaudiu.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Em 2050 rebentamos a escala!!!!
Quer dizer, Portugal passou a integrar o conjunto de países que exportam mais bens e serviços do que aqueles que importam».
Engº José Sócrates, Primeiro Ministro de Portugal, frase na página do Portugal Tecnológico 2008, 2009 e 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
O Universo é uma casca de noz ...
in PÚBLICO 05.07.2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
O Conclave hoje está de PARABENS!!
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Temos Mulher (ou não)!
Gabriela Canavilhas, Ministra da Cultura
(palavras a passar em nota de rodapé na TVI)
domingo, 20 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Ele há pessoas com uma imaginação prodigiosa!
Veja-se o exemplo fantástico e surpreendente dos nomes que o Estado Português oferece a quem quiser abrir uma «empresa na hora»:
E há muitos mais.Pergunto-me: alguém conseguirá abrir uma empresa com estes nomes? Não me digam que não há imaginação na Administração.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Valha-nos o Santo... para pôr ordem em Gaza.
GAZA???!!! Ups!!!! desculpem queria dizer CASA!!...
quinta-feira, 10 de junho de 2010
E incomodou-me, inquietou-me aquele salmo que rezámos. É que diz:
O Senhor é meu Pastor, nada me falta.
É que bem parece que não é assim.
Mas teimei e fui rezando que o Senhor é meu Pastor e que nada me falta.
pedindo que me libertes de preocupações ou ocupações inúteis.
E julgo que a esta hora nocturna,neste desnorte,
vou entendendo as belas palavras do salmista.
Assim repetidas devagar ,
elas foram deixando p'ra trás tantos vales tenebrosos que me impedem de proclamar Jesus como o meu único Senhor.
sei enfim a certeza de vires em meu auxílio,
de me transportares nos Teus ombros,
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Desastres no Claustro
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Free at last!
terça-feira, 1 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
lá se foi a esperança...
Acompanham-me desde que as encontrei no chão do souk em Marraqueche, de vez em quando perdia a Fé, outras vezes o Amor... reencontrei-os sempre e voltaram sempre a andar comigo diariamente... ontem em São Vicente de Fora perdi a Esperança e não houve doce conventual que me valesse...
Quem foi que disse que a esperança é a ultima a desaparecer?!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
An Ex-British Royal Family Member! How lucky is HRH!
I’ve got an idea for a TV show. It’s called How to Completely Ruin the Reputation of the Royal Family. It’s a comedy. Starring me. The duchess. Yah, I’ve done telly. Did you see the one I did with the fat oiks in Hull? No? I’ll have it sent to you. Fifty quid. Forty quid. Just leave it on the table.
Anyway, yah, the show. I’m not saying Andy will be in it, but he will. He’s whiter than white. But he will. Do you want to meet the Duke of Edinburgh? I never said that. But do you? No problem.
So that’s my plan for the show. You film me while I pretend to remind the British public, who are already enraged by MPs embezzling duck islands and porn films, what it really means for public figures to be on the take. It will be hilarious!
A spoof. Yah? I mean, nobody could think I’d be daft enough to do it for real. Not in a recession. Not with republican Lib Dems in government. Obviously I’ve more dignity than that.
Although frankly, I could use the money. Do you know how hard it is to live like a princess when you aren’t one? I probably have less money than Richard Branson. Less than Elton John. It’s barbaric. I left the Royal Family with nothing. Diana took £20 million. That’s why the Queen’s my friend. Do you want to meet her? Fifty quid. Thirty quid. A tenner. She can open doors.
Oh, go on. Start filming. Or I’ll have to write another book about that damn helicopter. I have to pay my own driver. I have to borrow a Bentley. I have to pay taxes. Even rent. Rent! Look, I never talk about money, but how about 50p for a cup of tea? 30p. I’m trying to get into a hostel. Please.»
Times online
quinta-feira, 20 de maio de 2010
segredo que desassossega…
À medida que o tempo passa, acredito mais no Segredo de Fátima. Nesse segredo que desassossega, que nos arranca de casa, dos livros, da cidade e nos lança, anualmente, para a imensidão das estradas. Eu acredito num «não sei quê» que esse Segredo derrama em nós: uma porção de confiança, de abandono e de aventura. Uma vontade de tornar a vida mais que tudo verdadeira. De tornar generosos os projetos e fecundos os laços que nos ligam aos outros. De tornar absoluta a nossa sempre frágil Esperança.
À medida que o tempo passa, vou conhecendo pessoas cujo tesouro interior foi descoberto, ampliado nos caminhos de Fátima. Pessoas que contam histórias simples, misturadas com sorrisos e lágrimas. Histórias de um Encontro tão parecido ao que teve uma rapariga da Judeia, de nome Maria.
Que têm os peregrinos de Fátima? Têm o vento por asas e a lonjura por canto. Têm a conversão por caminho e a prece ardente por mapa. São filhos de uma promessa que se cumpre dentro da vida.
Gosto dessa frase de Vitorino Nemésio que diz: “em Fátima, a Humanidade inteira passou a valer mais”. Gosto, porque nos caminhos longos, imprevistos e profundos de uma peregrinação isso nos é ensinado como uma evidência humilde e apaixonante.
José Tolentino Mendonça
quarta-feira, 19 de maio de 2010
... em estágio para a Ternurenta Idade!
"(...) Meus amigos,
Importante é o sorriso,
Pra seguir viagem,
Com a coragem, que é preciso."
Paco Bandeira (Claro!!!)
terça-feira, 18 de maio de 2010
Há pessoas que fazem toda a diferença!
Lindo.De uma profundidade que é a tua. Para ti, um dia muito, muito feliz.Muito colorido.
The Road not taken
«Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I could
To where it bent in the undergrowth
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood,
and I -I took the one less traveled by,
And that has made all the difference»
Robert Frost
sexta-feira, 14 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Uma Andorinha...
... pode ajudar a fazer a primavera!
Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.
Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.
Há muitas coisas que eu quero ver.
Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz pricipitado.
Sophia de Mello Breyner Andresen
domingo, 9 de maio de 2010
O AMOR ANTIGO
O amor antigo vive de si mesmo
Não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor porem nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond
sábado, 8 de maio de 2010
Uma Grande Perda
Frederico Valsassina Heitor, visita de estudo a Conimbriga em 19 84.
Nos boletins que vinham para casa com as notas, havia sempre um comentário no canto que finalizava a avaliação: "(...) e é muito minha Amiga!". 30 anos depois, ainda nos tratava pelas alcunhas, contava histórias nossas quando tínhamos 5 anos, como se tivessem sido ontem! Havia uma minha que repetia vezes sem conta: "recusavas-te sempre a ler na sala com a professora e só te conseguíamos fazer dizer alguma coisa, quando eu te sentava ao meu colo, pegava no livro e lia contigo".
Todos lhe devemos grande parte do que somos hoje! Durante estes anos todos, foi nosso pai, nossa mãe, nosso Amigo! Vamos sentir mesmo muito a sua partida.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Das Profundezas da Alma
Diria que... este fado é azul profundo como os teus olhos! Quem escreve assim tem a Alma grande e um coração daquele tamanho!!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Bem-Bom
... e ontem a preparação da visita do Santo Padre acabou a altas horas da madrugada!!
Leituras, partilha, conversa da boa, memórias da primeira visita de João Paulo II em 82, algumas duvidas sobre a vida e sobre onde isto tudo irá parar... sem saber o que virá depois...
Foi mesmo BEM-BOM!
domingo, 2 de maio de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
triste fado o nosso...
"... a catequese hoje tornou-se numa espécie de fado!"
Obrigada P. Carlos!Foi mesmo bom ouvi-lo ontem!
Uma grande conversa, uma excelente Catequese!
segunda-feira, 26 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
I'll miss you Number Ten!
quinta-feira, 22 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A IGREJA ESTÁ... a???
Esta frase apareceu no Domingo de Ramos e no inicio da Semana Santa foi de imediato apagada a palavra _ ABORTO!!!
Ficou reduzida a _ A IGREJA ESTÁ A FAZER UM...
No dia a seguir, alguém se deve ter lembrado que aquilo ainda não estava bem... desapareceram, então, mais umas palavras, ficando apenas da frase original _ A IGREJA ESTÁ...
Intrigados com esta afirmação que se mantém no alto do Restelo, pedimos que puxem pela imaginação e que completem a frase de forma a resolverem esta GAFE! Mãos à Obra!!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Que enorme falta de gosto!
terça-feira, 13 de abril de 2010
...nunca mais!
O P. José Manuel Pereira de Almeida, Secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social, aborda o fenómeno da pedofilia, nas dimensões que, na sua opinião, devem ser clarificadas: «verdade e suspeita, moral e direiro, causas e consequências».
Na ocasião em que escrevo estas linhas, ainda não conheço a Nota que Bento XVI assina hoje. Desejo lê-la «de coração aberto e no espírito da Fé» como ele próprio, há dias, recomendou. «É minha esperança – dizia o Papa – que possa contribuir para ajudar o arrependimento, o sarar de feridas e a renovação».
Oxalá em breve possam ser mais claras as diversas dimensões do fenómeno: verdade e suspeita, moral e direito, causas e consequências.
Verdade e suspeita.
Não podemos continuar a viver como se nada se passasse. Ignorando. Disfarçando. Mas é importante também não nos deixarmos invadir por uma espécie de suspeição generalizada, de tudo e de todos. A desconfiança corrói.
Ter olhos para ver requer uma educação do olhar que não se habitue à violência – a todas as formas de violência – como se ela fosse uma fatalidade. Esta vigilância há-de poder ser vivida com serenidade. Mas também com determinação. Para lá das palavras, as acções. Para que a observação de Jesus aos fariseus não nos atinja: «Eles dizem e não fazem» (cf. Mt 23,1-12)
Moral e Direito.
Bem sabemos que uma coisa é o nível da reflexão ética, outra o dos procedimentos legais. Mas, num estado de direito, é de supor que a ética partilhada suporta e é traduzida no ordenamento jurídico que é o nosso. E, no que diz respeito aos cristãos, leigos ou clérigos, são, é claro, cidadãos do seu país. Sujeitos às leis existentes e sem nenhuma forma de se subtraírem à justiça que, sendo a que conhecemos, permite que a nossa convivência social seja isso mesmo: um vivermos juntos, ordenadamente, e não num caos.
Causas e consequências.
Creio que um problema tão complexo exige uma leitura interdisciplinar para o correcto diagnóstico da sua etiologia.
Nos últimos dias, têm-nos chamado a atenção para o facto de o fenómeno não ser específico da Igreja Católica; de, quanto aos padres, ser mesmo uma percentagem muito escassa; de esses casos terem de ser interpretados nas particulares circunstâncias histórico-culturais que são as suas. Muito bem. Mas estes argumentos não podem servir para nos acomodarmos. A justa relativização não permite que, entre nós, se faça apenas “alguma coisa para que tudo fique na mesma”, na conhecida expressão de Lampedusa em Il gattopardo. Não nos podemos ficar pelo formal pedido de desculpas. Haverá, certamente, muita coisa a mudar. Mesmo.
As causas circunstanciais encontrá-las-emos, provavelmente, nas situações elencadas no artigo desta semana do historiador Paulo Varela Gomes (“Os padres. Os outros. E o fim.”, Público, 13 de Março, P2 pág.3): «são palco deste fenómeno muitas outras instituições masculinas de reclusão – reformatórios, orfanatos, colégios internos, prisões. Desde sempre. Escusam de atirar pedras à Igreja aqueles que dirigem, regulam, servem estas instituições, condenam jovens e crianças a ficarem lá, deixam correr a sua existência».
Uma formação plenamente humana dos candidatos ao sacerdócio deve ser procurada e garantida, com uma criatividade que não se compagina com a repetição de velhos esquemas ultrapassados. Admito que alguma coisa possa ter sido descurada na admissão desses candidatos. Que alguns deles fossem jovens com certas perturbações (há quem diga que são os que mais facilmente respondem a um certo tipo de “propaganda” vocacional) que, sem correcto diagnóstico e sem consequente acompanhamento terapêutico, se tornam pessoas com uma sexualidade imatura, incapazes de uma serena experiência de relações humanas.
A Conferência Episcopal Portuguesa, pela voz do seu Secretário, veio já dizer o que por agora é possível em matéria de futuro: «reconhecer a verdade e auxiliar as vítimas; reforçar a prevenção e colaborar construtivamente com as autoridades». Vale a pena recordar a expressão que o Papa Paulo VI utilizou nas Nações Unidas acerca da guerra: «Nunca mais!». Que a possamos repetir, com humildade e confiança, sim, mas também com a determinação, acerca deste drama: nunca mais!
P. José Manuel Pereira de Almeida
19 de Março de 2009 _ in http://www.ecclesia.pt/snpsocial/
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
A Última Viagem...
Para além das asas, para além dos filhos e dos netos, é um Amigo que nunca esqueceremos. Continuaremos sempre a imagina-lo… a nadar diariamente 100 piscinas, quer fosse verão ou inverno, nas manhãs frias de Sintra… a cortar-nos o cabelo à tigela durante as férias, a ensinar-nos a jogar ténis, a mergulhar de cabeça e a atravessar a piscina inteira debaixo de água sem respirar... a tocar piano, a tirar mel das colmeias e a dar-nos os favos para provar… a treinar os cães com disciplina Britânica e a oferecer-nos as melhores, as mais delicadas e raras framboesas da rua! Pintava aguarelas maravilhosas, emprestava-nos livros que ninguém mais tinha… Impossível esquecer as histórias intermináveis e maravilhosas que nos contava sobre a Marinha e sempre, sempre sobre a TAP! Aquele lugar que construiu, a nossa rua, sem ele, perderá todo o seu encanto, faz hoje a sua última viagem e vamos ter mesmo saudades…
quarta-feira, 7 de abril de 2010
...às vezes acontecem...
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Pelos Jardins da Páscoa
Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Em Todos os Jardins, 2003.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
Obrigada!!!!!!!!!!
A história começa com um email dos filhos da Rita a convidar-nos para um almoço de 60 anos dela. Tal teria ficado decidido, e escrito num guardanapo, há vinte anos atrás quando comemoraram os quarenta anos de ambos, nos dia de anos dele.
Como o prometido é devido, o nosso amigo Zé Alberto, os filhos Francisco e João e as noras, organizaram um almoço surpresa para a nossa Rita, num restaurante no meio de um jardim, num dia de sol esplendoroso. Eu fiquei numa mesa junta à porta, com uma vista magnífica sobre Lisboa e o jardim. O grupo de amigos que ficou na minha mesa era de cinco estrelas e de cinco estrelas eram os restantes amigos que enchiam, com um ar muito feliz, todas as outras mesas.
Este texto tem como único objectivo agradecer. Agradecer à família em nos ter recebido de uma forma tão calorosa. Fomos tão mimados.Com sorrisos, gargalhadas, beijos, abraços, festas na cabeça….uma carrada de mimos…Obrigada Zé Alberto, Rita, João, Francisco, Marta, Maria e aos netos mais bonitos do mundo…..obrigada por partilharem connosco este momento tão especial. Senti-me em casa, tranquila, feliz. E agradecer a Deus um Domingo de Ramos em cheio!